segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Projeto Individual - Índios

Projeto
FOTOGRAFIA DOCUMENTAL

TEMA: Índios Guaranis


OBJETIVO GERAL: Registrar através de fotografias, o estilo de vida dos índios Guaranis moradores da Aldeia situada na cidade de Viamão/ RS.

OBJETIVO ESPECÍFICO: Mostrar a realidade de uma tribo de índios, suas moradias, hábitos e costumes, que mesmo adaptados às necessidades de viver em meio a uma grande metrópole, não abandonaram suas origens. Conhecer seu dia-a-dia, suas atividades e dificuldades, contemplam os objetivos desta pesquisa.

METODOLOGIA: Foi elaborado um roteiro para a realização de uma pesquisa em campo, na Aldeia Indígena da Tribo Guarani situada na cidade de Viamão no Rio Grande do Sul, o qual incluiu a elaboração de um questionário a ser respondido durante a visitação. Inicialmente foi solicitada autorização do Cacique para entrar e fotografar a Aldeia e seus moradores. De modo geral, a visitação e entrevistas foram guiadas e supervisionadas pelo próprio Cacique, e seu irmão.

PROBLEMATIZAÇÃO: A comunidade onde vivem é chamada de Aldeia, e localiza-se próximo a Águas Claras, na cidade de Viamão. A região possui sete hectares de terra, e existe há aproximadamente doze anos. Lá moram trinta e duas famílias da tribo Guarani, pertencentes à mesma árvore genealógica. A Aldeia recebe proteção e ajuda da FUNAI e Governo de Viamão. Antes de existir a Aldeia, moravam em Tenente Portela e Frederico Westphalen .
      Dentro da Aldeia todos falam a língua Guarani para fortalecer sua cultura, já a língua Portuguesa é ensinada na escola, após os seis anos de idade. Suas moradias são pequenas casas de madeira, e não há água encanada (há pontos específicos na Aldeia para buscar água de poço). Sua alimentação é basicamente, arroz e feijão e galinha, e cestas básicas fornecidas pelo governo uma vez por mês para cada família (este procedimento acontece há cerca de quatro anos), mas nem sempre essa ajuda acontece. Há criação de vacas leiteiras e plantações de milho, melancia e aipim. Os índios, moradores da Aldeia, vivem basicamente do artesanato, mas não o comercializam no local, alguns os vendem na beira da estrada, mas a maior fonte de renda está na fazenda (um pouco mais afastada da Aldeia, onde as famílias se revezam para trabalhar).
     As visitas na Aldeia são limitadas pelo cacique, pois há muitos que vão com más intenções.
Mantêm as tradições dos Guaranis. Quando há casamentos, são realizados dentro dos costumes e na própria Aldeia. Fazem pintura em seus corpos e se enfeitam.
A tribo tem contato com computadores e internet, porém não há acesso na Aldeia. Dentro da Aldeia há uma escola de Ensino Fundamental. O cacique, Eloir, é professor na escola. Lá as crianças estudam a até os seis anos, ao entrar no Ensino Médio vão estudar na cidade.
     Há regras na Aldeia, limpar e ajudar a manter a “ordem” é fundamental para eles. Em 2011 ganharão casas de alvenaria, para tanto devem cooperar.
     Mantêm um campo de futebol para lazer, segundo Eloir “ O futebol é sagrado”. É usado, também, para torneios entre outros Estados, apenas jogadores das tribos Guaranis (como curiosidade, o próximo jogo será dia 24/12/2010 na Argentina). Os Guaranis têm time, acompanham jogos da dupla GRENAL.
     O Cacique Eloir (29 anos), foi escolhido pela comunidade para liderar a Aldeia após a morte de seu tio. Além do cacique mais dois líderes auxiliam a manter a ordem. Rudi (18 anos), irmão do Cacique foi quem nos acompanhou na maior parte visita.
     Quaisquer Guaranis podem chegar para morar na comunidade que serão bem recebidos.

JUSTIFICATIVA: A importância deste projeto é clara quando se trata de relatar o modo de vida de um povo de costumes fortes e diferentes do “homem da cidade”. Um povo humilde e bastante unido, que apesar das dificuldades não deixaram de lado sua origem, sua cultura e orgulho de ser uma tribo indígena em pleno Século XXI. Conhecer este povo pode reduzir a diferença social e racial existente no mundo moderno, já que retrata pessoas normais que vivem uma vida comum.

VIABILIDADE: O projeto foi viabilizado por ter sido bem planejado e autorizado, com sucesso, pelo Cacique da tribo. A localização da Aldeia contribuiu para a realização da visita pois centraliza-se na região metropolitana de Porto Alegre. A entrevista foi realizada com facilidade pela boa atenção e instrução do Cacique, que dominava a língua portuguesa e comunicando-se bem.

ANEXOS (fotos realizadas durante a visita) - Veja as fotos no link:



Projeto Coletivo - Criança, a alma do negócio.

Projeto coletivo baseado no documentário: Criança, a alma do negócio.






O que você mais gosta de comer?


J.P.C. 7 anos - Cereal com leite. Gosto de quase todas frutas, mas odeio verduras. Prefiro suco que  refrigerante.


O que faria se ganhasse muito dinheiro?


 J.P.C. 7 anos - Comprava uma casa, uma moto e computador.


De que você mais gosta de brincar?


J.P.C. 7 anos - Gosto de brincar de carrinho, boneco, esconde-esconde, pega-pega. Mas preferia ter um vídeo-game.


Assista o documentário em

http://video.google.com/videoplay?docid=-5229727692415880368#


ColorChecker

O ColorChecker é uma composição quadriculada de 24 quadrados cientificamente preparados numa vasta combinação de cores, que representam objetos de interesse especial como pele humana, foligem e o azul celeste. Eles refletem a luz de maneira igual em todas as partes do espectro visível, o que possibilita combinar as cores  dos objetos naturais em qualquer iluminante e com qualquer processo de reprodução de cores. Padrão não-subjetivo de comparação para determinar verdadeiro balanço de cores.



Cartão Cinza


O que é?
cartão cinza (em inglês, gray card) na fotografia é usado para obter imagens fotográficas consistentes.
Um cartão cinza é um objeto plano com uma cor cinza neutra que reflete as cores do espectro luminoso de modo plano. O cartão cinza comercializado pela Kodak apresenta uma reflectância de 18%.
A reflectância de 18% é uma média matemática resultante da reflectância de 3% para o preto e de 90% para o branco.


Fotoetnografia

Termo que designa uma das modalidades da antropologia visual, criada pelo antropólogo brasileiro, Luiz Eduardo Robinson Achutti. A fotoetnografia é o registro, por meio de fotografias em sequências narrativas, de formas culturais captadas pela lente do antropólogo Há sempre uma intencionalidade narrativa na maneira como as fotografias são apresentadas. Trata-se de uma apresentação de elementos da cultura que se associam a descrições por meio de palavras, não as substituindo, mas guardando certa autonomia, isto é, comunicando algo sobre a cultura estudada.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA - RESENHA

O filme Ensaio Sobre a Cegueira se passa em uma cidade não identificada, onde uma misteriosa epidemia de cegueira vai contagiando rapidamente todas as pessoas. Diferente de como imaginamos a cegueira, que seria a escuridão, no filme a doença é chamada de “cegueira branca”, pois as pessoas contagiadas passam a não ver quase nada e com aspecto leitoso. Com medo de que todas as pessoas fiquem cegas, o Estado enclausura os doentes em quarentena. No prédio onde estão os doentes, há apenas uma mulher que inexplicavelmente não contrai a doença e pode enxergar.
Com falhas no auxílio do Estado, as pessoas entram em conflitos e passam a lutar por comida, poder e sexo.
O filme nos leva a refletir muito sobre a moral, os costumes, a ética e o preconceito.

                                                                      
Trailer 

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fotografia Documental


A “fotografia documental” apresenta muitas faces. De um modo geral, a fotografia documental é assim denominada porque exprime a singularidade de cada momento histórico e também, por seu caráter de documento, fonte ou, até mesmo, como testemunho da história. 
Documentar através de fotografias fatos já ocorridos.

Identidade e Memória

Identidade e Memória

Olhos desvendados - Olhos vendados















segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Belo

Entardecer na redenção - Porto Alegre/RS


O contraste de cores quentes e frias no contraluz, e as tonalidades em perfeita harmonia são agradáveis à vista. 

Preto e Branco

A beleza do contraste do PeB



A foto PeB traz a elegância e o sentimentalismo. Quando tiramos o colorido da imagem e  não há mais distração com cores, passamos então, a dar mais atenção às expressões buscadas ao fotografar, onde mostram o sentimento de amor e delicadeza.

domingo, 26 de setembro de 2010

ACAMPAMENTO FARROUPILHA - Fotografia documental

Fachadas dos piquetes no Acampamento Farroupilha 2010.
Parque Harmonia - Porto Alegre/RS










OLHAR E VER (Sinópse "Nascidos em Bordéis")

O filme "Nascidos em Bordéis" fala sobre crianças que desde muito cedo já tinham grandes responsabilidades. Crianças que nasceram em bordéis, filhos de prostitutas que sofrem preconceitos e são rejeitadas na sociedade. Um grupo dessas crianças conhece Zona (fotógrafa voluntária), que cria um vínculo de amizade e apresenta um projeto de fotografia onde algumas oportunidades aparecem.

O filme é muito bom, e mostra uma realidade oculta onde a maioria das pessoas não tem a chance de conquistar um futuro melhor.

domingo, 12 de setembro de 2010

DOROTHEA LANGE - Biografia



A vida de Dorothea Lange ilustra a luta pessoal e profissional e as realizações de uma mulher que esteve à frente do seu tempo. Foi uma das mais importantes profissionais da fotografia norte-americana. Ela ficou conhecida pelas imagens da grande depressão e da situação dos imigrantes nos Estados Unidos. A partir destes trabalhos ela influenciou profundamente o desenvolvimento da fotografia documental


Dorothea Margaretta Nutzhorn, filha de imigrantes alemães, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA. Foi vítima de paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho, que caracterizava-se pela retratação dos pobres e camponeses norte-americanos revelando o sofrimento durante a crise nos Estados Unidos na década de 30. O trabalho infantil e a exploração da mão de obra são outros temas que podem ser vistos em suas fotografias.

Trabalhou com o fotógrafo Arnold Genthe e encorajada por ele, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidata e mais tarde estudou fotografia na Columbia University, tendo como professor, o fotógrafo Clarence H. White.

Em 1918 muda-se para São Francisco, inicia-se como freelancer, montando o seu próprio estúdio em Berkeley, onde junto com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos '30, 22 Estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentavam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Dorothea Lange foi umas das primeiras a perceber a importância do testemunho fotográfico e a fazer “documentarismo social” (reportagens para administração americana na época da recessão conômica dos anos 30). Ela é a autora da foto conhecida como "Mãe Migrante".

Lange é a autora da fotografia "Mãe Emigrante", de 1936. Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e uma das mais reproduzidas da história da fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações.

O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redirecionamento na sua carreira. Entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia.
Apõs a Guerra, problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras, e apenas retomou as atividades por volta dos anos '50, quando entrou para a equipe da prestigiada revista Life. Em 11 de Outubro de 1965, Lange morre de câncer alguns dias antes da inauguração da exposição que retratava sua obra, no Museu de Arte Moderna de New York. 


Técnica
Lange não sabia utilizar muito bem as técnicas fotográficas, na verdade, suas técnicas sempre foram usar mais sua emoção para expressar algo do que na qualidade de seus negativos. Era simples e pouco arrojado, seguindo mais a sua intuição para decidir qual era uma boa foto.


Outras fotos de Lange


 


  





 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

JANELA DA ALMA (resenha)

Walter Carvalho e João Martins abordam num documentário o tema sobre os diferentes olhares vistos sob perspectivas de deficientes visuais. Entrevistas relatam como estas pessoas encaram o desafio de "enxergar". São deficientes com doenças em diversos níveis de gravidade, desde doenças visuais mais simples como a miopia à cegueira total.

A realidade de pessoas que com o passar dos anos adquiriram, ou agravaram, uma doença visual é bastante interessante, pois os protagonistas, apesar da dificuldade de adaptação, enfrentaram seus medos e preconceitos e aprenderam a conviver com a "nova forma de ver o mundo". Entre diversos relatos, o depoimento de um senhor que perdeu totalmente a visão durante a adolescência expõe parte desta afirmativa; em uma de suas histórias de superação conta que pelo fato de ter muitos irmãos nunca recebeu atenção específica nem especial, o que lhe motivou a conquistar uma vida normal e saudável, pois ele próprio considerava-se assim, mesmo sendo portador de uma deficiência. É notável seu prazer em relatar lembranças de locais, objetos e pessoas da época em que ainda podia ver, da mesma forma conta, com entusiasmo, que não deixou de sonhar e conhecer, por outros meios, aquilo que agora lhe é apresentado como "novo". A imaginação faz parte significativamente de sua vida, desde então.

Sobre os deficientes visuais desde o nascimento, é possível identificar suas perspectivas próprias sobre o mundo daqueles que vêem, porém, a imaginação continua sendo peça fundamental: Suas limitações direcionam para a questão do olhar no "mundo imagético", e o sentimento sobre aquilo que "nunca viram" complementa-se.

Perder a visão daquilo que já se conhece pode ser tão, ou mais difícil do que nunca as ter conhecido. Conhecer visualmente qualquer objeto, pessoa ou lugar pode parecer fundamental, mas conseguir imaginar e vivê-lo como um sentimento, é ainda maior.


Trailer do filme "Janela da Alma"