domingo, 12 de setembro de 2010

DOROTHEA LANGE - Biografia



A vida de Dorothea Lange ilustra a luta pessoal e profissional e as realizações de uma mulher que esteve à frente do seu tempo. Foi uma das mais importantes profissionais da fotografia norte-americana. Ela ficou conhecida pelas imagens da grande depressão e da situação dos imigrantes nos Estados Unidos. A partir destes trabalhos ela influenciou profundamente o desenvolvimento da fotografia documental


Dorothea Margaretta Nutzhorn, filha de imigrantes alemães, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA. Foi vítima de paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho, que caracterizava-se pela retratação dos pobres e camponeses norte-americanos revelando o sofrimento durante a crise nos Estados Unidos na década de 30. O trabalho infantil e a exploração da mão de obra são outros temas que podem ser vistos em suas fotografias.

Trabalhou com o fotógrafo Arnold Genthe e encorajada por ele, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidata e mais tarde estudou fotografia na Columbia University, tendo como professor, o fotógrafo Clarence H. White.

Em 1918 muda-se para São Francisco, inicia-se como freelancer, montando o seu próprio estúdio em Berkeley, onde junto com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos '30, 22 Estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentavam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Dorothea Lange foi umas das primeiras a perceber a importância do testemunho fotográfico e a fazer “documentarismo social” (reportagens para administração americana na época da recessão conômica dos anos 30). Ela é a autora da foto conhecida como "Mãe Migrante".

Lange é a autora da fotografia "Mãe Emigrante", de 1936. Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e uma das mais reproduzidas da história da fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações.

O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redirecionamento na sua carreira. Entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia.
Apõs a Guerra, problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras, e apenas retomou as atividades por volta dos anos '50, quando entrou para a equipe da prestigiada revista Life. Em 11 de Outubro de 1965, Lange morre de câncer alguns dias antes da inauguração da exposição que retratava sua obra, no Museu de Arte Moderna de New York. 


Técnica
Lange não sabia utilizar muito bem as técnicas fotográficas, na verdade, suas técnicas sempre foram usar mais sua emoção para expressar algo do que na qualidade de seus negativos. Era simples e pouco arrojado, seguindo mais a sua intuição para decidir qual era uma boa foto.


Outras fotos de Lange


 


  





 

3 comentários:

  1. Belíssima história de superação e luta, fez do seu ofício um instrumento de socorro aos que padeciam, arte é amor e quando fazemos por amor o resultado é excelencia!

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  2. Belíssima história de superação e luta, fez do seu ofício um instrumento de socorro aos que padeciam, arte é amor e quando fazemos por amor o resultado é excelencia!

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  3. Que tudo. Amei. Aliás, admiro pessoas que não se deixaram abater por nada. Show de bola, aliás, de vida e fotos. abçs.

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